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Notícias da Igreja Católica

EUA: As reações dos católicos aos fatos de sábado 12 de agosto

Data: 22/08/2017

Washington, 22 ago (SIR) – Entre os primeiros a condenar os fatos de Charlottesville forma os Bispos norte-americanos com dois comunicados à imprensa “contra o mal do racismo, da supremacia branca e do neonazismo”. A manifestação dos que defendem a supremacia dos brancos no sábado 12 de agosto, na Virgínia, provocou a morte de Heather Heyer e o ferimento de dezenas de manifestantes contrários à manifestação, abrindo um debate interno nas comunidades eclesiais norte-americanas sobre o tema do racismo e do ódio violento.

A revista semanal dos jesuítas “Marcia Tody” confiou ao editorial de Jim McDermott, correspondentes em Los Angeles, a análise do aumento dos crimes raciais após a eleição do presidente Trump. E aponta os nomes das vítimas de tantos episódios de matriz racista, mas também os ataques a instituições religiosas como à Igreja episcopal metodista africana em Charleston ou ao centro islâmico de Bloomington. O jornalista alerta para um perigo: “O show do conflito. O suprematistas queriam provocar os adversários e demonstrar que a posição dos outros é igual à deles: são todos agressivos e partidários”. Os editoriais numa declaração comum julgam “um fracasso a liderança do presidente norte-americano por causa de sua ambivalência” em avaliar as duas manifestações e pela sua “incapacidade de oferecer um testemunho moral adequado à sua equipe para condenar a intolerância e o fundamentalismo religioso”. Os editoriais, portanto, fazem apelo aos cidadãos norte-americanos, sobre os quais recai “a responsabilidade, para denunciar todas as formas de supremacia branca, antissemitismo e violência, que infelizmente continuam sendo uma triste herança da experiência americana”. E insistem, afirmando, que é dever do cristão não defender “a lei do talhão e de responder ao ódio com o ódio, mas de agir corajosamente a favor daqueles que são perseguidos ou que correm o risco de perseguições”.

O site católico Crux escolhe o sacerdote afro-americano Bruce Wilkinson, de Atlanta, para relatar o que o fato de Charlottesville continua evidenciando. “O presidente da Conferência episcopal utilizou palavras bonitas – declara Wilkson –,

mas fica aberta a questão daquilo que fazem os Bispos em suas dioceses para combater o racismo. As reações são ainda muito fracas”. Existem três milhões de afro-americanos, mas poucos ocupam posições de responsabilidade nas dioceses e nas paróquias. “E também se os afro-americanos podem assumir o setor do multiculturalismo numa diocese, isto não é suficiente – continua Wilkinson -. Também porque acontece que exatamente nestas comissões multiculturais os brancos são excluídos”. Seu desejo seria que os bispos não pensassem em novos documentos, “eles já existem”, mas que “as pessoas com autoridade ou responsabilidade sentassem e falassem sobre o que realmente acontece nas paróquias e nas comunidades e se investisse seriamente na formação a partir do seminário”.

O jornal católico mais antigo dos EUA, “Commonweal”, destaca a fragmentação no mundo católico diante dos fatos de Charlottesville. Houve bispos que ofereceram orações pelas duas partes em conflito “convidando ao diálogo e à busca de soluções nas diferenças, respeitosamente”, se expressar uma aberta condenação. Outros como o arcebispo Charles Chaput de Philadelphia, líder considerado conservador, levantou sua voz com força declarando que “o racismo é um veneno da alma, É o pecado original do nosso País, uma doença que jamais foi completamente curada. Necessitamos muitos mais do que genéricas declarações públicas”.

Brian McLaren, autor e ativista cristão de destaque, sublinhou a ausência do clero católico em Charlottesville. “Participei de muitos protestos e demonstrações durante vários anos, mas não vi a comunidade de fé se reunir de maneira tão forte e bonita como fizeram em Charlottesville”, escreveu. “Conheci líderes episcopalianos, metodistas, unitários, luteranos, batistas, anglicanos, presbiterianos e hebreus. Havia muitos leigos católicos, mas não encontrei padre algum!” E o clero estava ausente também no serviço inter-religioso na igreja memorial de St. Paul ao qual todos os líderes religiosos tinham sido convidados. Esteve presente Marie Dennis, co-presidente de Pax Christi International, mas era necessária uma “maior visibilidade”. Nas últimas linhas do artigo do Commonweal, McLaren julga a tragédia da Virgínia “uma oportunidade perdida se nada muda. A história julgará a Igreja católica por ter fracassado diante da prova do Evangeho”. Muitos esperam que isto não aconteça.

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