Xenofobia e populismo: Em maio de 2018 Vaticano e WCC organizam encontro

Data: 15/12/2017

Roma, 15 dez (SIR) – Uma cúpula mundial para contrastar os fenômenos crescentes da xenofobia e do populismo. O evento está sendo organizado para os dias 21 a 24 de maio do próximo ano, num lugar ainda a ser definido. A organização da conferência está aos cuidados do Dicastério vaticano para o serviço do desenvolvimento humano integral e o Conselho mundial das Igrejas, em colaboração com o Pontifício Conselho para a unidade dos cristãos.

Objetivo da Conferência - explica mons. Bruno-Marie Duffé, secretário do dicasterio vaticano – é partir da experiência e das iniciativas de acolhida e de solidariedade, organizadas pelas Igrejas, para apresentar propostas concretas à comunidade internacional, aos Estados e, portanto, aos responsáveis políticos. A cúpula terminará, de fato, com uma mensagem e um apelo à cooperação internacional que envolva ao mesmo tempo Estados, religiões e Igrejas. É o que se destaca no encontro de reflexão e trabalho que terminou esta manhã em Roma, que contou com a participação de membros do Dicastério vaticano, do WCC e representantes de diferentes Igrejas, para preparar o encontro internacional.

“O tema do encontro – explica o pastor Olav Fykse Tveit, secretário geral do Conselho Mundial das Igrejas (WCC) – apresenta uma questão extremamente urgente: o crescente fenômeno do populismo: xenofobia e racismo, feridas e, até mesmo, clara violência contra os migrantes. Estamos vendo isto na Europa, no Norte da América e em outras partes do mundo. Estão se fortalecendo ideologias que querem vencer o medo, promovendo políticas com o fechamento das portas, das fronteiras. Um movimento de pensamentos que não é novo na história, mas que neste tempo vai se fortalecendo. Estamos, portanto, nos questionando porque isto está acontecendo e, sobretudo, o que as Igrejas podem fazer para contrastar esta atitude e promover práticas novas alicerçadas sobre os valores do respeito da dignidade de todo ser humano e sobre a possibilidade vivermos juntos”.