Igrejas cristãs sobre a xenofobia e o populismo: “O racismo é pecado”

Data: 21/09/2018

Roma, 21 set (SIR) – “Rejeitar acolher e ajudar quem está passando por necessidades é contrário ao exemplo e ao pedido de Jesus cristo. Pretender proteger os valores cristãos e as comunidades cristãs excluindo aqueles que buscam asilo seguro fugindo da violência e do sofrimento, é inaceitável, mina o testemunho cristão no mundo e contribui para levantar as fronteiras nacionais como ídolos”. Nenhuma atenuação e palavras fortes de condenação de todas as formas de nacionalismo populista: é o se lê na Mensagem final divulgado na noite da última quarta-feira, no encerramento da “Conferência mundial sobre xenofobia, racismo e nacionalismos populistas no contexto das migrações globais” que aconteceu em roam de 18 a 20 de setembro. O evento foi organizado pela primeira vez seja pelo Dicastério vaticano para o serviço do desenvolvimento humano integral seja pelo World Council of Churches (Wcc), em colaboração com o Pontifício Conselho para a unidade dos cristãos.

Na longa mensagem, dividida em 13 parágrafos, os líderes e representantes das Igrejas convidam “todos os cristãos e todos aqueles que defendem os direitos humanos fundamentais a rejeitarem essas iniciativas populistas, incompatíveis com os valores do Evangelho. Isto deveria inspirar a vida política e o discurso público e orientar as escolhas fundamentais, sobretudo, no momento das eleições”. Palavras muito duras são dirigidas também em relação ao racismo. “A raça é uma elaboração social que pretende explicar e justificar a separação entre os grupos humanos, apresentando critérios físicos, sociais, culturais e religiosos” e o racismo divide “os grupos de pessoas a partir da cor se sua pela”, “em nome de uma falsa noção de pureza e da superioridade de uma especifica comunidade”. “Neste sentido – escreve as Igreja – o racismo é um pecado”, “radicalmente incompatível com a fé cristã”. “As pessoas de fé devem condenar o racismo porque nega a dignidade humana e a pertença reciproca à única família humana e desfigura a imagem de Deus em casa ser humano”.