Ordem de Malta: card. Becciu, não “instrumentalizar” as obras para “obter consen

Data: 24/06/2019

Roma, 24 jun (SIR) – “A lembrança da figura de João Batista não pode nos deixar indiferentes, é uma preciosa ocasião para renovar o propósito de inspirar a nossa vida pessoa e a nossa obra na Igreja e no mundo naquele que se colocou ao serviço de Jesus, preparando-lhe o caminho”. É o que afirmou o card. Giovanni Ângelo Becciu, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos e Delegado especial junto à Soberana Militar Ordem Hospitalar de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta, na homilia da missa celebrada esta manhã em Roma, na igreja de Santa Maria in Aventino, por ocasião da festa da Natividade de São João Batista, padroeiro da Ordem de Malta.

“Diante de um mundo cada vez mais secularizado, numa sociedade que pretende apagar os valores cristãos, nós crentes, e em particular quem se apresenta com o título público de pertencer a uma Ordem eclesial como este da Ordem de Malta, é chamado a dar com o próprio testemunho de vida respostas críveis e atrativas”, o convite do cardeal, para quem “o mundo, pobres de Deus, sedento de verdade, necessita mais do que nunca de pessoas que apontem o caminho rumo a uma vida salva, uma vida sensata”.

Devemos todos estarmos consciente que pertencer à Ordem de Malta não é um privilégio, não é um título honorífico com o qual nos gloriar diante do mundo, mas é um dom de Deus a ser acolhido com gratidão e humildade”, continuou o cardeal. “Um membro da Ordem de Malta não pode contemplar a si mesmo e os sucessos alcançados, mas deve se esforçar todos os dias para assimilar o carisma e deixar-se consumir pelo desejo de viver com coerência suas características específicas: a riqueza da fé e o amor pelos pobres”. Por isso a necessidades de se questionar “se cada um de nós contribui para que a Ordem de Malta espelhe em sua essência o carisma original e se o compromisso reformado em andamento está se espelhando também em suas estruturas organizativas a missão que Deus lhe confiou”.

“Uma missão que deve sempre contar com pessoa transparentes, generosas, desinteressadas, fiéis à Igreja e apaixonadas por Deus”, o apelo de Becciu. “São muitas as atividades caritativas e assistenciais que os membros da Ordem desenvolvem no mundo inteiro e das quais podemos justamente nos orgulhar”, a homenagem do cardeal, que exortou os presentes a “serem continuadores e sentinelas às margens dos modernos desertos da humanidade”, fugindo “da tentação de instrumentalizá-las para conseguir o consenso ao nosso redor”.